Lembro do tempo em que "atos secretos" tinham motivações "onanísticas". Todo mundo fazia (ou ainda faz), todos sabiam que eram feitos, mas ninguém comentava. Eram "secretos" por não se ajustarem ao que poderia se considerar correto, embora inocentes fossem.
Hoje, ao se falar sobre "atos secretos", ainda imaginamos algo que não se ajusta ao que consideramos correto, mas longe de acharmos que são inocentes. Nomeação de parentes para cargos públicos, assessores “superfaturados”, ampliação de ganhos, maracutaias com verbas de gabinete... Em comum com os seus homônimos do passado apenas o fato de todos saberem que são feitos e, até dias atrás, não comentarem.
Como diriam os “colegas” de nossos representantes públicos: “A casa caiu mano!”.
Vejam o momento exato em que a notícia foi recebida no senado.
A questão da moralidade é uma constante na filosofia e o “Imperativo Categórico” kantiano pode ser visto como o cerne desta questão. Tal imperativo pode ser resumido da seguinte forma: Age somente segundo uma máxima tal, que possas querer ao mesmo tempo que se torne lei universal.
Em outras palavras, suas ações devem poder ser universalizadas. Toda vez que alguma decisão de cunho moral for tomada, você deve pensar: O que estou fazendo pode ser válido para todos? Desejo que tal ação se torne regra? Caso todos façam isto, quais seriam as conseqüências?
Percebam que o Imperativo Categórico de Kant pode ser visto como uma versão da “Lei de Ouro” (Age como gostarias que agissem contigo).
Resumo da ópera: Graças a Immanuel Kant podemos chamar nossos políticos de ladrões com muito mais propriedade.
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